sábado, 19 de novembro de 2011

POEMA

LAGOA DO MATO SAUDADES DO PASSADO

Lagoa do Mato que saudade
Do teu tempo de outrora
Carrego tuas paisagens
Gravado em minha memória
Rios, lagos, cachoeira.

Mas a tal evolução
Veio aqui fazer morada
Toda cheia de razão
Provocou grande queimada.

Olhos d’água já secaram
Os que têm são poluídos
Pra eles escorrem dejetos
Todo tipo de resíduo
Seres sem educação
Transformaram meu lugar
Num paraíso esquecido.

Os caçadores cruéis
Por ganância e cobiça
Exterminaram nossa fauna
Dia e noite sem preguiça
Mais parecem urubus
A procura de carniça.
            
Até a água de consumo
Que vem por encanação
Nem pra lavar roupa presta
Não faz espuma o sabão.
O inodoro tem odor
O incolor ganhou cor
Um verde cor limão.

E a tal radiação
Que vem tomando chegada
Trazendo a poluição
Pra terra já devastada
Não dou aplauso e nem vaia
Se reabrirem Itataia.

Entre tantas é a mais bela
Tu és terra de valor
O teu povo hospitaleiro
Simples, mas trabalhador.
Desde a tua fundação
Já vistes com a bênção
No nosso Deus Salvador.

Qual minha terra querida
Um outro lugar não há
Tão cantada em verso e prosa,
Que todos querem imitar.
E não tem fôlego, e nem tem vida
Nem mesmo a triste partida
Me leva deste lugar.

Autor:
Antonio Edvaldo do N. Amorim


Um comentário:

  1. Muito legal esta postagem historia como surgiu a Lagoa do Mato Itatira, Parabéns professor Vandeir Torres por escrever esta reportagem.

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